Exposição:
Tudo que você podia ser.
Felipe Guatura
Desenho e Pintura Digitais
Abertura 11.06.2022
A Escola Municipal Cynthia Cliquet Luciano reinaugura a galeria Cândido Portinari com a exposição: Tudo que você poderia ser, do ex-aluno Felipe Guatura.
Felipe é um jovem artista inquieto e talentoso estudante de Artes Visuais pela Universidade Federal do Reconcavo da Bahia.
A presença de Felipe com sua obra em nossa escola é um grande estímulo e inspiração para todos que acreditam na força transformadora da arte.
Com a palavra, o artista:
Talvez numa jornada por significado a vida tenha me tornado um artista. Com estas palavras, pretendo pintar uma pequena parte da minha própria existência, tal como realizei no decorrer dessas doze ilustrações.
Esta exposição é um desdobramento das experiências em observar a mim mesmo nesses últimos três anos. Através dela revisito minhas memórias de infância, saúdo meus ídolos e encaro minhas inseguranças e anseios.
Embora cuidadosamente selecionadas para a exposição, não havia um planejamento específico durante o período em que realizei cada uma das doze imagens — que se estende de junho de 2019 a maio de 2022 —, os desenhos vieram à tona porque precisavam sair e existir fora de mim com um significado próprio.
Meus processos criativos são tão orgânicos quanto os de qualquer outro artista convencional. Minha mesa digitalizadora e computador funcionam como um pincel, uma tela e uma paleta infinita de cores e possibilidades.
Penso que através dessa exposição posso construir uma ponte entre mim e o público, ou seja, a arte e a experiência pessoal de cada observador. Como um ex-aluno desta escola, sinto como se retornasse à minha própria casa. Sendo assim, convido-os a experienciarem este percurso ao longo de cada uma das obras e a estarem abertos para os diferentes sentimentos e reflexões que elas possam provocar!
Eme Viegas - 30/04/2015
A África é um continente cheio de curiosidades e trajes interessantes, estampados por todos os lados. Um deles vem do grupo étnico Ndebeles , da África do Sul e do Zimbábue, que tem o traje de pintar, ou melhor, estampar suas com muitos núcleos e formas marcantes.
Pouco se sabe sobre as casas, mas aparentemente teve origem na tribo nguni , composta por quase dois terços da população negra da África do Sul. Após uma troca e mistura de culturas, conforme as casas passaram a ser pintadas como resultado estas relações. Acredita-se que após uma terrível derrota numa guerra contra colonos de língua holandesa, chamados de Boers, pouco antes do início do século XX, o oprimido passou então a utilizar as pinturas como simbologia de identificação entre povo eles, comunicando-se secretamente uns com os outros através da arte.
O traje da padronagem nas fachadas não foi identificado pelos inimigos, sendo interpretados apenas como algo decorativo, e assim deu-se continuidade ao que marcou uma época de desentendimentos e conflitos. A resistência foi então marcada por estes murais coloridos e de estilo único, sempre pintados por mulheres , tornando-se uma tradição passada de geração em geração pelas matriarcas da família. Sendo assim, o visual da casa indica que ali vive uma boa esposa e mãe, responsável pela pintura das portas externas, paredes frontais, laterais e interiores também.
Antes da década de 1940, utilizavam apenas pigmentos naturais, pintados às vezes com os dedos nas paredes de barro, que eram posteriormente enxurrados pelas chuvas de verão. Após o período, introduziram então os pigmentos acrílicos e os desenhos têm evoluído cada vez mais, até por conta da influência externa. No entanto, ainda é possível encontrar as pinturas mais tradicionais em áreas remotas, como na província de Nebo, com as cores predominantes desde seu surgimento: fortes linhas pretas, marrom, vermelho, vermelho escuro, amarelo-ouro, verde, azul e ocasionalmente , o rosa. Outras aldeias Ndebele para se visitar são Mapoch e Mpumalanga.
(Texto disponível em: https://www.hypeness.com.br/2015/04/a-etnia-africana-que-usa-as-fachadas-de-suas-casas-como-tela-para-pinturas-coloridas/)
Bernadete de Lourdes Silva nos brinda com a exposição “Da Alma - o processo da pintura”.
A mostra é um recorte de sua trajetória artística, fruto de uma busca incessante das verdades, dúvidas, incertezas, ensinamentos, construções e desconstruções de conceitos e paradigmas. Enfim, aborda todo o espectro mágico que envolve o agitado, complexo e misterioso processo criativo.
A carreira da artista é fruto de muito trabalho, leituras, encontros e desencontros, pesquisas e coragem. Sim! Coragem para viver a angústia do encontro consigo mesma, com seu universo onírico, imagético, arquetípico. Coragem para engravidar, gestar e parir a obra-filha, que nasce e já é, caminhando independente para habitar o mundo autônoma, e ser testemunha de seu tempo.
Por tudo que foi dito e ainda o que não encontrou palavras para expressar o indizível, convidamos a todos e todas para viajar com calma, e com a curiosidade de uma criança ao olhar o mundo pela primeira vez, pelo banquete de cores, formas, linhas, texturas e planos ofertados pela exposição “Da Alma - o processo da pintura”.
Emanuel A. R. Araújo
Musa velutina
66 x 48 cm
Pastel oleoso sobre papel
2020
Acervo particular
"No sagrado as imagens se presentificam."
Emanuel A.R. Araújo
Flores
91 x 70 cm
Acrílica sobre tela
2010
Me desperta
O vazio do desenho,
O silêncio, a pausa,
O intervalo dos projetos
E a literatura
Isabel Galvanese
Fernanda
100 x 70 cm
Acrílica sobre tela
2015
"Quando pinto, o subconsciente trabalha enquanto o consciente cochila."
Antônio Carelli
Concórdia, encanto, gratidāo - releitura
92 x 64 cm
Nanquim sobre papel
2019
"Tudo o que se faz com amor é digno de ser feito."
Cora Coralina
Vista do ateliê do Carelli
80 x 120 cm
Acrílica sobre tela
2009
Retrato de Cora Coralina
60 x 47 cm
Pastel seco sobre papel
2021